Notícia

Economizando em Tempo de Crise

Mantenha a sua frota com a manutenção em dia e faça o alinhamento dos eixos do cavalo mecânico e também dos semirreboques. Você só tem a ganhar com isso.

No final de março último, fui convidado pela NSA, recapador instalado na Grande São Paulo, para ser um dos palestrantes em um evento promovido em suas instalações com o tema “Economizando em tempos de crise”, que aproveito como título desta matéria.

Como de hábito, sempre faço uma pesquisa por informações relativas ao assunto, mesmo que já tenha algum conhecimento ou material anterior sobre o tema proposto.

E durante essa pesquisa encontrei na internet um material interessante no site do Guia do TRC (vide o link abaixo).

Já abordei neste espaço em ocasiões anteriores a questão do alinhamento de eixos e sua importância, a mais recente na edição 127, de janeiro/2015. E, obviamente, o foco não podia ser outro que não os pneus e os efeitos (ou danos) causados aos mesmos quando o veículo está desalinhado.

Na mesma ocasião em que fiz essa pesquisa, li uma entrevista com o dirigente de uma transportadora na qual declarou que sua frota é composta de aproximadamente 500 semirreboques e apenas cinco cavalos mecânicos. Se em transportadoras em que essa relação não é tão desproporcional a prática de alinhamento de eixos dos semirreboques já é uma raridade, fiquei imaginando como será nessa empresa. Podem até ser uma exceção à regra.

Onde a relação entre os veículos é mais equilibrada, as atenções são direcionadas, principalmente, para o veículo de tração, focando não apenas a obtenção dos melhores resultados com os pneus, mas, principalmente, para a redução do consumo de combustível.

Manutenções são comumente negligenciadas, e sempre com mesmas velhas e esfarrapadas desculpas de que é preciso fazer mais uma viagem, que não pode parar para não diminuir a disponibilidade da frota etc., etc.

Onde a frota é composta quase que somente de semirreboques, será que existe a mesma preocupação com o consumo de combustível, já que, neste caso, é algo que afeta diretamente apenas ao agregado? Pois é justamente aí que o estudo do Guia do TRC é interessante.

O estudo destaca que são quatro as consequências diretas da falta de alinhamento: o consumo de combustível, o desgaste dos pneus, a vida útil dos componentes mecânicos e a segurança. A melhoria da produtividade no setor de transporte depende de vários fatores, entre eles a capacidade de carga e o tempo de deslocamento como agentes diretos. Já a rentabilidade da operação está intimamente ligada aos índices de consumo e de durabilidade dos componentes, entre eles os pneus.

Se o correto alinhamento contribui com a rentabilidade, de que maneira estará relacionado com a produtividade? Esse foi o foco do estudo, que consistiu em um experimento comparativo entre três situações, ou condições, de alinhamento de um reboque. Em um percurso predeterminado de 120 km, as medições feitas consideraram a velocidade média e o consumo de combustível.

Na primeira situação, os três eixos do reboque estavam todos desalinhados, em uma disposição em “S” (vide ilustração). Para percorrer os 120 km, a velocidade média foi de 52,3 km/h e o consumo de 1,81 km/l.

Na segunda situação, os eixos estavam alinhados entre si, porém, não estavam perpendiculares em relação às longarinas do chassi, ou seja, não estavam a 90º. No mesmo percurso, a velocidade média e o consumo já apresentaram melhores resultados, de 56,3 km/h e 1,88 km/l, respectivamente.

Por fim, os eixos estavam alinhados e perfeitamente perpendiculares ao chassi. Repetido o percurso e as medições, os números foram de 58,7 km/h na velocidade média e 1,92 km/l no consumo, um resultado 12,24% menor no tempo de deslocamento no percurso e 6,08% menor no consumo de combustível. O conjunto chegou ao destino mais rápido e gastando menos diesel.

Na conclusão, o estudo informa que no período de um ano o conjunto alinhado pode rodar até 22.000 km a mais do que outro desalinhado, o que equivale a um mês e meio a mais de estrada por ano! E que somando as economias de combustível e pneus, uma frota com 30 conjuntos de cavalo mecânico e semirreboque pode obter uma poupança suficiente para comprar mais um conjunto igual, zero quilômetro, ao final do período de um ano.

Mantenha a sua frota com a manutenção em dia e faça o alinhamento dos eixos do cavalo mecânico e também dos semirreboques. Você só tem a ganhar com isso, e o retorno do investimento feito nessas ações será rápido. E para ser justo, reinvista parte deste retorno no setor de manutenção em instalações, equipamentos, ferramentas e, principalmente, pessoal.

Alinhar a carreta significa:

– Poupar combustível;

– Economizar pneus;

– Aumentar a segurança de conjunto;

– Trocar menos peças.

Fonte: http://www.guiadotrc.com.br/Gestao_Frotas/alinhamento_carreta.asp

Fonte: Na Boléia – Matéria escrita por Pércio Schneider

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